Maria Clara - nova resenhista


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Apresentação

Olá!

Meu nome é Maria Clara, mas metade me chama de Clara e a outra de Maria. Se alguém gritar por Ana, também olho, porque, afinal, são mais de 20 anos sendo chamada de Ana Clara.

Tenho 26 anos, sou formada em Direito e trabalho como advogada tributarista. Isso quer dizer que, em 80% do meu tempo de vida, eu preciso parecer uma pessoa séria e centrada. Nos outros 20%, estarei caminhando pelas ruas, falando alto, com alguma tatuagem à mostra e, muito provavelmente, um livro sobre algum assassino psicopata embaixo do braço.

Além disso, sou casada há 3 anos e meio e, sim, isso significa que me casei com apenas 22 anos e dei muito pano para a manga de diversas tias que ficavam comentando se eu estava grávida. Não nasceu até agora: eu avisei que era só muito sanduíche de bacon para manter a barriga.

Gosto muito de ler, mas nem sempre foi assim. Desde que aprendi a dizer “B com A faz BA”, minha mãe repete que “quem lê sempre sabe mais”. Mais tarde, fiquei na dúvida se ela inspirou o marketing do jornal O Globo ou se ele que a inspirou. Não importa, a questão é que ela se esforçou mesmo para me incentivar: comprou uma edição triste – daquelas em tons pastéis de verde e laranja (apenas verde e laranja! Acreditem!) – de Reinações de Narizinho, do Monteiro Lobato. Eu não conseguia ler de jeito nenhum, mas fingia que passava bastante tempo com ele. A farsa acabou quando ela descobriu que eu estava apenas colorindo as ilustrações. Aquela combinação de cores era, de fato, pavorosa.

O gosto pela leitura só veio mais tarde. Quando eu completei 10 anos, uma vizinha mística me deu Harry Potter e A Pedra Filosofal de presente de aniversário. Ela possuía muitos cristais em casa, miniaturas de bruxas, uma enciclopédia de duendes (como era linda!) e uma estante de livros imensa, com aquelas edições de mais de 50 anos atrás (com direito à capa de couro e folhas amareladas). Nunca mais nos vimos, mas sei que ela foi a minha fada madrinha das leituras – desculpa mãe. Dali em diante, eu pegava a minha mesadinha e comprava livros dos mais variados temas.

Apesar de ter começado com esse viés de fantasia, ao longo dos anos, o meu gosto literário passou a ser voltado para suspenses e thrillers. Suspiro por terror com sobrenatural (beijo, King), envolvendo tensão psicológica (Um corpo para o crime) e relatos inspirados em fatos reais (O Exorcista). Se começar a sinopse com crime brutal relacionado a alguma seita religiosa (Em nome do mal), me levou na hora. Por essas e outras que lá em casa o marido me chama de coração gelado.

Mesmo com essa veia assassina, os clássicos sempre me pegaram. Claro que não daqueles com finais felizes, pois não chegava a esse ponto. Mas livros como O morro dos ventos uivantes, O retrato de Dorian Gray, O grande Gatsby e A metamorfose sempre estiveram na minha lista de favoritos.

Preciso confessar que, desde o ano passado, tenho me esforçado para mudar um pouco essa minha obsessão. Estou tentando ler mais romances, de preferência com algum drama. Alguns me pegam de jeito, outros nem tanto. O que importa é tentar abrir os horizontes.

Fiquei muito feliz por ter sido convidada pela Morgana (<3) para contribuir com o blog do Clube do Livro de Itaguaí! Adorei a edição sobre Jane Austen! Esse encontro foi o meu incentivo para ler mais um romance (não posso acreditar que passei 26 anos sem ter lido Orgulho e Preconceito). Tomara que, mesmo depois dessas “trocentas” linhas, o convite continue de pé e eu possa fazer jus a ele.

Beijo grande,

Maria

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